palmakreutz

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Ao vivo e a cores (e uma discussão sobre o diploma)

In Jornalismo on 02/07/2009 at 11:18

Foi um pouco constrangedor. Claro, existem abismais diferenças entre o rádio e televisão- hoje, ao vivo, não podíamos fazer ou receber aqueles acalentadores gestinhos de combinação de última hora.

O programa, que teve a duração de 20 minutos, foi dividido em duas partes: o primeiro bloco tinha uma entrevista com o convidado e o segundo, um debate sobre o assunto escolhido. O nosso entrevistado foi José Maria Nunes,  Presidente do Sindicato dos Jornalistas do RS (UAU!).

O debate foi interessante e muito atual: a decisão do STF da não obrigatoriedade do diploma de jornalista. Existem argumentos coerentes dos dois lados, claro. Um bom argumento que defende a lei é: os jornais com credibilidade não vão deixar de contratar um jornalista com uma boa formação para dar o emprego a uma pessoa sem os conhecimentos necessários (que vão desde a técnica até à ética no trabalho). Tem coisas que se aprende na vida, mas é óbvio que a faculdade é necesária para complementar e acrescentar mais conhecimento. Muitos excelentes jornalistas que vemos por aí nunca frequentaram uma aula de Comunicação Social, enquanto muitos outros, que são jornalistas por formação, fazem fiasco por aí.

Um dos infelizes argumentos do ministro relator do processo, Gilmar Mendes, para acabar com a obrigatoriedade do diploma foi que o jornalismo, diferentemente da advocacia e da medicina, não coloca em risco a vida de ninguém. OK. E o que seria da vida de todas as pessoas do mundo se não houvesse comunicação? Não pode ser considerado deixar em risco a vida de alguém não informar que um certo tipo de avião está com problemas e pode cair, ou que existe uma guerra em tal país e é arriscado ir para lá?

Como disse sabiamente o professor Fabian, agora, mais do que nunca, não estamos na faculdade atrás de um diploma, mas sim em busca de uma ótima formação- não apenas para ser um bom profissional, mas também para a vida.

Bárbara Kreutz Pustai

Um acidente no meio do caminho…

In Jornalismo on 02/07/2009 at 9:46

Era uma fria tarde de inverno. Como de costume, estava indo em direção à parada de ônibus, logo após a aula de auto escola. No caminho, porém, havia uma pedra- ou um carro, como preferir. Tive a minha primeira experiência de atropelamento, e garanto, caro leitor, que não é muito construtiva. Depois de uma hora (sim, UMA HORA!) chegou a ambulância. O motorista imprudente (explico: ele fez um retorno no meio da rua) ficou falando com a Brigada Militar e eu fui pro HPS, numa maca que, digamos assim, não se assemelhava com a minha confortável cama. Depois de três horas no hospital, indo de um lado pro outro, tirando raios X desconfortáveis, descobri que quebrei a clavícula. Tive que imobilizar o braço direito, o que dificulta bastante o dia-a-dia. Isso me impede de fazer várias coisas (como digitar agilmente, o que explica a falta de postagens), mas não me impede de pensar – apesar de ter batido a cabeça no asfalto. Eu sei que isso parece melodramático demais, talvez até daria pra escrever um livro- mas aqueles do tipo que vendem na rodoviária, é claro.

Bárbara

em pauta

In Jornalismo on 02/07/2009 at 9:45

Sobre a não obrigatoriedade do diploma, assumir uma posição impenetrável é uma das poucas certezas que tenho – impossível. De ambos os lados, os aspectos autoritários e libertários são visíveis, e de quaisquer pontos de vista o ‘jogo dos jornalões’ pode ser exercido. A discussão não aparenta ter fim tão cedo e acredito que o essencial, nas relações tanto mercadológicas quanto ideológicas, não sofrerá grandes alterações. O Jornalismo infelizmente é alicerçado no comércio e, para os acadêmicos, a posição sempre será mais favorável.

A partir destas preocupações, resolvemos entrevistar José Maria Rodrigues Nunes, presidente do Sindicato dos Jornalistas do RS, para o programa do módulo de televisão. Dentro de vinte minutos entraremos no ar, as complicações são definitivamente maiores do que ocorreram na rádio, afinal, tudo está sendo visto. O que aumenta as expectativas positivas é o desempenho da turma nas notas gravadas há duas aulas, que, apesar dos tropeços, revelou que nossa faculdade, até agora, serviu para alguma coisa.

Gabriel